Maio 31, 2022 Autor

Visita à Oficina de Oleiro na Casa do Barro, no Telhado (Fundão).

Roda do oleiro, impressão 3D, produção de cerâmica e outras técnicas para fomentar e facilitar a reativação de um conjunto de dinâmicas com os habitantes da localidade do Telhado e da região

Visita à Oficina de Oleiro na Casa do Barro, no Telhado (Fundão).

Oficina do oleiro com roda do oleiro, impressão 3D, produção de cerâmica e outras técnicas para fomentar e facilitar a reativação de um conjunto de dinâmicas com os habitantes da localidade do Telhado e da região na Casa do Barro, no Telhado.

Visita inserida na comemoração do 4º aniversário da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica (AptCVC) e do programa do BOM DIA CERÂMICA 2022.

A freguesia do Telhado foi um importante centro oleiro da Beira Baixa. De origens temporais e fundacionais nebulosas, terá sido a partir do século XVIII que se enraizou na paisagem esta comunidade, que assumiu a sua identificação num topónimo indicativo de uma especialização no conjunto das comunidades rurais da Cova da Beira. A produção da louça era uma actividade familiar numa repartição de tarefas. O oleiro vivia o seu quotidiano na roda e enfornava a louça. A mulher e os filhos preparavam e limpavam o barro, abasteciam de água o fabrico e recolhiam a lenha e os arbustos necessários à cozedura. As louças eram produzidas durante todo o ano. A recolha do barro, a sua depuração, o trabalho na roda, a casa-oficina, a rua, o forno, a cozedura, a partida para a venda, as segundas-feiras de descanso, a devoção à Senhora da Rosa, a romaria de Santa Luzia, as palavras e os sons das matérias e dos gestos, as cores, os cheiros e a temperatura das olarias e dos fornos entrelaçaram um mapa cíclico de sentidos e de sentires da identidade do Telhado enquanto terra do barro.

 

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