18 e 19 de Maio – Bom dia Cerâmica!
18 de Maio
Demonstração de Olaria – 10h00 às 18h00
Demonstração e exposição de peças de olaria empedrada de Nisa, com António Piedade e Antónia Carita.
Oficina criativa | Vasos coloridos – 10h00 às 12h00 | Jardim do Centro de Artes
Oficina criativa aberta ao público em geral, com pintura em vasos cerâmicos.
Linguagem | Sílvia Jácome – 16h30
Esta é a minha linguagem.
É o que me identifica, o que me define como fazedora de peças. É o que está cá dentro posto cá fora.
De uma forma delicada, feitas com calma, com tempo e sentimento, assim vejo as minhas peças. Cada uma delas tem uma linguagem própria e têm o propósito de despertar sentimentos.
Ensembles Anso Metropolitana – 17h00 | Museu Leopoldo de Almeida
Como âncora da formação ministrada na Academia Nacional Superior de Orquestra, a Orquestra Académica Metropolitana (OAM) beneficiará da ampliação da sua oferta pedagógica a partir do corrente ano letivo. O surgimento de três novas formações de dimensão alargada (Ensemble de Metais, Octeto de Sopros e Camerata de Cordas) com uma temporada própria, supervisionadas pelo diretor artístico da OAM, maestro Jean-Marc Burfin, e orientação técnica e musical de um docente da especialidade, revela-se como uma mais-valia na diversificação das práticas artísticas no curriculum dos nossos alunos e um reforço da importância da dimensão prática da música colaborativa no programa de Licenciatura da ANSO.
19 de Maio
Demonstração de cerâmica ao vivo – 10h00 às 18h00
Demonstração de como fazer uma peça em porcelana através de um molde, com Sílvia Jácome.
Depois de obter essa peça, a mesma será acabada e serão acrescentados elementos através da técnica esgrafitado. Estarão em exposição algumas peças terminadas com essa técnica, para servir de exemplo.
Demonstração de Olaria – 10h00 às 18h00
Demonstração e exposição de peças de olaria empedrada de Nisa, com António Piedade e Antónia Carita.
ESAD.CR
Canan Salman | De 16 a 21 de Maio – Dias úteis das 10h00 às 19h00
Canan Salman é uma ceramista turca, estando atualmente a trabalhar num programa de doutoramento na Universidade Eskisehir Osmangazi, com o tema “Expression of Biophilic Design and Sustainability on Ceramic Forms and Surfaces Through The Seed Image”. Durante 1 ano, enquanto investigadora visitante na ESAD.CR, o seu trabalho circunscreve-se num âmbito mais restrito: “Sustainable Ceramic Art Works For Interior With Biophilic Design Principles From Seed Form”. Este projeto é apoiado pelo Tübitak (The Scientific And Technological Research Council of Turkey) 2214-A International Research Fellowship Programme for PhD Students. Desde 2005, Canan SALMAN trabalha como professor de Cerâmica e Tecnologia do Vidro no Ministério da Educação Nacional da República da Turquia e como professora de Filosofia no Centro de Ciência e Arte de Kütahya.
Sinopse
Esta exposição centra-se em duas questões:
Como é que a arte proporciona uma oportunidade para estabelecer uma ligação entre o artista e a sociedade, de modo a criar uma ética natural e uma consciência ambiental sustentável? Como é que a ligação estabelecida se torna o tema da obra de arte? Através da utilização de parâmetros de design biofílico, o conceito de biofilia e o problema da arkhé pretendem ser uma fonte na produção artística de obras com este objetivo.
A biofilia é um produto da nossa compreensão da vida que trazemos connosco desde tempos imemoriais. É um novo título no campo do design com o seu efeito de tornar a maioria das pessoas mais felizes e mais produtivas num ambiente verde. Ao trazer a natureza para dentro de casa, é uma abordagem que proporciona um bem-estar sustentável às pessoas. A investigação sobre biofilia e design biofílico ganhou recentemente um novo impulso graças a uma maior comunicação global. A vasta gama de benefícios que oferece levou à utilização do design biofílico em hospitais, escolas e locais de trabalho. O conceito de biofilia, tema sensível a qualquer domínio relacionado com o design, também mostra a sua presença no domínio da arte. Na exposição, a forma da semente é expressa através da cerâmica artística no contexto da sustentabilidade, utilizando os princípios do design biofílico. Os elementos vivos tornar-se-ão parte da forma de arte e as diferenças provocadas pelo crescimento da planta permitirão que a arte processual entre em ação. O objetivo é também exibir a mudança e a sustentabilidade da estética artística.
Na natureza , as formas podem ser interpretadas diretamente ou podem tornar-se objeto de arte através da avaliação do seu lugar no ambiente natural ou nos processos naturais. A transformação da semente numa planta, o crescimento, o desenvolvimento, a morte e a ressemeadura dessa planta têm o seu lugar único neste processo. A forma da semente foi escolhida como ponto de partida para exprimir o lado sustentável da vida. O ponto de partida concetual é a “spermata” de Anaxágoras, a causa da semente, um dos problemas filosóficos da arché. A sustentabilidade do conceito de semente foi apoiada pela filosofia de Heráclito e Hegel. Os princípios do design biofílico subjacentes aos trabalhos artísticos foram aplicados nos contextos da experiência direta da natureza, da experiência indireta da natureza e da experiência da natureza como espaço. Assim, ao utilizar os parâmetros do design biofílico, o conceito de biofilia e a problemática da arkhé podem ser uma fonte na produção artística no contexto da sustentabilidade e podem ser considerados e desenvolvidos como ponto de partida na produção de obras com este objetivo.
A exposição procura mostrar como os princípios do design biofílico podem contribuir para o bem-estar humano através da arte cerâmica. No contexto da arte biofílica, que é um conceito emergente, são apresentadas formas cerâmicas criadas de modo a permitir que a natureza se exiba.